1.º de Maio

Celebra-se amanhã o Dia do Trabalhador. Nos tempos que correm, para muitos portugueses, é uma celebração amarga. São já perto de 600.000 os desempregados em Portugal. O trabalho é um direito constitucional mas, ao longo dos últimos anos, tem vindo a ser alvo dos maiores ataques por parte dos sucessivos governos, tornando-se para muitos o maior bem. Ter trabalho garantido hoje em dia, é quase um luxo que poucos podem usufruir. Depois de décadas em que os trabalhadores conseguiram conquistar direitos inimagináveis, afirmando a nobreza do trabalho e conseguindo a recompensa devida pelo seu esforço quotidiano, assistimos ao retrocesso dessas conquistas por força da vitória temporária dos princípios economicistas que animam e justificam o capitalismo selvagem, com a cobertura e conivência deste governo, que está na linha da frente dos ferozes ataques que os trabalhadores alguma vez sofreram, desde o 25 de Abril de 1974.
Acreditamos que a maioria dos trabalhadores vão aproveitar este grande dia 1 de Maio, não só para festejar o dia que lhes é dedicado, mas também para denunciarem as condições de degradação das suas vidas profissionais, e afirmar a luta pela manutenção dos seus direitos laborais e sociais.
Nunca havia sido criada tanta riqueza como aquela que criamos hoje. Mas, ao contrário do que sonharam os nossos avós e ainda acreditaram os nossos pais, a distribuição dessa riqueza é cada vez mais desiquilibrada, gerando um mundo instável e injusto, permanentemente à beira da implosão. São os homens e mulheres que transformam as sociedades.
Por isso é imperioso continuar a luta e acabar de vez com todas as desigualdades sociais:
. Revogar as normas gravosas do Código do trabalho e das leis laborais da Administração Pública
. Defender a Contratação Colectiva
. Combater o desemprego e a precariedade de emprego
. Aumentar os salários
. Efectivar os direitos individuais e colectivos dos trabalhadores
. Aumentar as pensões e as prestações da Segurança Social
. Lutar contra a pobreza e a exclusão social
. Concretizar o direito à formação e qualificação profissional
. Promover a igualdade no trabalho
. Investir na educação
. Revitalizar o Serviço Nacional de Saúde
. Prevenir a sinistralidade no trabalho e melhorar a reparação e as pensões dos sinistrados
. Lutar por mais justiça social
. Investir na dinamização do aparelho produtivo
122 anos após a Declaração do Dia Internacional do Trabalhador, a luta continua por uma sociedade mais justa.

Notícias da Imprensa

Famílias mais pobres sofrem mais com subida da inflação


As famílias portuguesas com rendimentos mais baixos são aquelas que mais estão a sentir os efeitos da inflação. O último inquérito aos orçamentos familiares divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostra que quanto mais baixo é o rendimento do agregado familiar, maior é o peso no orçamento das despesas em classes de produtos onde, durante o último ano, os preços subiram mais.

(...) O cálculo efectuado mostra que os agregados com um rendimento médio anual por pessoa inferior a 5200 euros estão a sentir uma inflação homóloga de 3,6 por cento, ao passo que aqueles que têm um rendimento médio anual por pessoa superior a 31.200 euros se ficam por um valor de 3,1 por cento.

(...) Culpa dos bens essenciais


Este fenómeno ocorre porque, durante o último ano, os preços têm subido mais naqueles bens que, por serem essenciais, têm de ser forçosamente consumidos em quantidades quase iguais por todas as famílias, seja qual for o seu rendimento. As famílias mais pobres saem particularmente prejudicadas pelo facto de gastarem uma parte substancialmente superior do seu orçamento na compra de bens alimentares e nas despesas relacionadas com a habitação. É para estas duas classes que fica reservado logo 43 por cento do rendimento dos agregados que auferem anualmente menos de 5200 euros por pessoa. O problema é que, neste tipo de bens, tem-se registado, durante o último ano, uma subida de preços que fica acima da média da totalidade dos produtos. A inflação homóloga nos bens alimentares foi em Março de 3,6 por cento, enquanto na habitação - que inclui as despesas com electricidade, água e gás - este indicador chegou aos quatro por cento.

(...) É ainda de chamar a atenção para o facto de, dentro da classe de bens alimentares, as principais subidas de preços se darem em bens considerados essenciais e em que, em princípio, as famílias com rendimentos mais baixos gastam uma parte superior do seu orçamento, como o leite ou o pão.

(...) Mas existem ainda outras classes de bens que prejudicam de forma acentuada a população com menores rendimentos. Os gastos com a saúde, que exigem, no caso dos agregados mais pobres, oito por cento da despesa total, têm registado subidas de preços muito fortes nos doze últimos meses, com uma inflação homóloga de 4,3 por cento. A principal explicação está na subida das taxas moderadoras nos hospitais públicos decidida pelo Governo em Abril do ano passado.

(...) Com as famílias de menores rendimentos mais afectadas pela inflação, agravam-se ainda mais os problemas de desigualdade que têm vindo a acentuar-se nos últimos anos. O mesmo inquérito aos orçamentos familiares apresentado recentemente pelo INE veio revelar que a diferença de rendimentos entre os 10 por cento mais ricos e os 10 por cento mais pobres da população portuguesa agravou-se entre os anos 2000 e 2006.


Retirado hoje do DN.

A força da razão

Apesar do mau tempo que se fez sentir em Lisboa, ontem mais de 50.000 trabalhadores (e no dia anterior mais de 30.000 no Porto) participaram na manifestação do Aviso Geral ao governo contra a revisão do Código do Trabalho, que consubstancia um feroz ataque aos direitos e garantias dos trabalhadores, conquistados durante os últimos trinta anos. O largo de S. Bento demonstrou-se pequeno para o elevado número de participantes no protesto, pelo que vários manifestantes se viram impedidos de chegar à frente da Assembleia da República para ouvir o discurso do secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva.
O aviso foi claro: "O que o Governo tem de fazer, não é uma revisão com o receituário do patronato, nem com as recomendações do Livro branco das Relações Laborais, o que tem de fazer é uma revisão para melhorar as relações de trabalho, que corresponda aos compromissos e propostas assumidos quando o Código do Trabalho foi discutido no parlamento".
Foi deixado o recado ao Governo e ao patronato de que, se persistirem na intenção de agravar a legislação laboral, os trabalhadores terão de continuar a lutar.
Porque a razão está do nosso lado!

Aviso ao Governo



Horário da partida: 09:00 horas
Local: Alandroal, Terminal Rodoviário
NOTA: Todos os trabalhadores do município, independentemente do seu vínculo laboral, estão dispensados do serviço para integrarem a manifestação, por despacho do senhor presidente, datado de 08-04-2008
A RAZÃO É A NOSSA FORÇA!
PARTICIPA!

Apresentação

No dia 18 de Março de 2008 realizou-se o acto eleitoral para eleição da Comissão Sindical do STAL dos trabalhadores no município de Alandroal, para o quadriénio 2008 / 2011.
Num total de 121 associados inscritos nos cadernos eleitorais, votaram 60 trabalhadores.

Resultados Finais Apurados

Nº de Boletins entrados na urna de voto ……60

Nº de Votos validamente expressos na LISTA ÚNICA ……59

Nº de Votos em Branco ……1

Nº de Votos Nulos ……0

Assim, a Comissão Sindical é actualmente constituída pelos seguintes trabalhadores:

Ana Maria Ribeiro Fontes Coelho;
Luís Hermenegildo Pereira Rebocho;
Maria Helena Bilro Vitória Félix;
António José Bandalhinho Pateiro;
José Carlos Rodrigues Melrinho;
Fernando Arsénio Neutel Pires;

No contexto laboral actual, todos os dias somos confrontados com novas propostas do governo que nos criam mais e mais dificuldades na nossa vida profissional e social. A solução dos problemas que nos propomos enfrentar depende, em primeira-mão, da participação de cada um de nós, enquanto trabalhadores sindicalizados, pelo que a adesão de todos é fundamental para alcançarmos o sucesso que pretendemos, nesta nossa empreitada.