Protesto Geral dia 28 de Junho



Código Trabalho: Acordo da concertação social é uma "encenação", diz CGTP

Comentando o acordo obtido na concertação social relativo à alteração do Código de Trabalho, Manuel Carvalho da Silva disse que "de tempos a tempos fazem-se encenações e criam-se expectativas que os acordos vão melhorar a economia e aumentar a competitividade" do país.

"Depois constata-se que os trabalhadores estão mais explorados, o seu rendimento baixa, a competitividade não aumenta e o país não se desenvolve", defendeu Carvalho da Silva.

O secretário-geral da CGTP disse sentir "tristeza e preocupação" com a situação actual dos portugueses e dos trabalhadores.
A CGTP abandonou hoje a reunião de Concertação Social onde se discutiu - e alcançou - um acordo para a revisão do Código de Trabalho, porque considera não ter condições sequer para discutir a última proposta do Governo.
"Dava um prémio a um qualquer deputado da Assembleia da República que consiga interpretar o documento durante uns meses", disse Carvalho da Silva, para demonstrar que o documento do governo é complexo e demora muito tempos a analisar e interpretar.
Segundo disse Carvalho da Silva ao abandonar a concertação social, a CGTP "não participa na reunião por razões fundamentadas, pois a última proposta do Governo, um documento com 33 páginas, foi enviada na terça-feira e precisávamos de tempo para o analisar", disse o secretário geral da CGTP aos jornalistas, na altura.
Para nós, trabalhadores, basta ver quem assina o acordo com o governo para percebermos que deste Código do Trabalho nunca poderia vir nada de bom... acordaram com o governo, os representantes do patronato e a "Voz do Dono" (UGT). Ajustaram entre eles uma ou outra questão menos relevante e deixaram passar as questões fundamentais e mais preocupantes: aquelas que põem em causa a estabilidade no emprego e que retiram os mais elementares direitos dos trabalhadores.
Mas não podemos cruzar os braços e vergar-nos perante a arrogância e a prepotência deste governo que defende os interesses do capital e menospreza os trabalhadores.
Vamos intensificar a nossa luta para que a Assembleia da República não aprove, ou no mínimo altere algumas das ainda gravosas matérias que contêm o regime de contrato de trabalho em funções públicas e o diploma sobre protecção social.
Vamos todos dia 28 à Praço do Giraldo em Évora, demonstrar a nossa indignação.


Clica no vídeo para ouvires as declarações do Carvalho da Silva.


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